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A mostrar mensagens de novembro, 2019

Desenvolvimento em África: “Precisamos de rever toda a terminologia”

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Elwine Sarr é professor de Economia na Universidade Gaston Berger em Saint-Louis, Senegal. O seu pensamento orienta-se para uma posição pós-pós-colonial. O artigo original está publicado em inglês no blogue iD4D da Agência Francesa para o Desenvolvimento . A África possui a chave para um futuro que ainda está para ser inventado? Em 2016, o economista e escritor senegalês Felwine Sarr escreveu o ensaio Afrotopia (publicado por Jimsaan / Philippe Rey), que rompe com a escola de pensamento "pós-colonial". Defende uma nova abordagem para o que não seria necessariamente chamado "desenvolvimento", mas sim "bem-estar" ou "viver bem".

Que correu mal na libertação africana?

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Os movimentos anticoloniais em África não libertaram o povo; eles apenas libertaram o estado. Assim começa um interessante artigo do queniano Patrick Gathara no Al Jazeera English , a 9 de novembro deste ano. Gathara é um jornalista influente que tem publicado, para além da Al Jazeera , no Washington Post e no Guardian , e que dirige o site independente de notícias queniano The Elephant . É também um cartunista brilhante. O jornalista reflete sobre o óbito recente de Robert Mugabe, o ditador vitalício do Zimbabué: "Muitos o aclamaram como um 'herói da libertação', que liderou a luta pelo fim do regime branco no Zimbabué, enquanto outros insistiram que a sua transformação num ditador assassino manchou o bem que havia conseguido nos seus primeiros anos" . A resposta à questão não parece fácil, apesar da "deprimente familiaridade pós-colonial do continente" com dirigentes que começam parecidos com o dr. Jekill mas acabam por se transformar no mr. Hyde.

A violência repressiva está a varrer a Bolívia. O regime de Áñez deve ser responsabilizado

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Apelamos à comunidade internacional para que pare de apoiar este governo, que está a cometer alarmantes violações dos direitos humanos Apelo de intelectuais contra os crimes do governo Áñez na Bolívia, por Angela Davis, Noam Chomsky, Molly Crabapple, John Pilger e outros Domingo, 24 Nov 2019 08.04 GMT Evo Morales - presidente da Bolívia, do partido MAS (Movimiento al Socialismo), foi forçado a renunciar em 10 de novembro, no que muitos observadores consideram um golpe. Após a renúncia de Morales, houve um crescendo de caos e violência. O que está a acontecer na Bolívia é altamente antidemocrático e estamos a testemunhar algumas das piores violações dos direitos humanos, às mãos dos militares e da polícia, desde a transição para o governo civil no início dos anos 80. Condenamos a violência nos mais fortes termos e exortamos os EUA e outros governos estrangeiros a deixarem imediatamente de reconhecer e fornecer qualquer apoio a esse regime. Instamos os meios de comunicação a fazer ma

Feios, porcos e maus

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A nossa sociedade progride do ponto de vista moral. Devagar, mas progride. Muitas das normas de boa educação e de tolerância que hoje nos parecem evidentes foram um dia vistas como intrusões ridículas na liberdade individual ou – como chamamos agora – a invasão do politicamente correto . Estes progressos, por serem lentos e, as mais das vezes, apenas registados na nossa deficiente consciência coletiva, são quase impercetíveis. É preciso comparar o presente com alguma imagem do passado, não adulterada por nostalgia. Com respeito à moral e ao bom comportamento, a maioria de nós tem essa noção de que antigamente é que havia moral e que o avanço da história se faz à custa de um descalabro moral cada vez maior.