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Lave as mãos!

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Se está ansioso com o surto do novo coronavírus (COVID-19) ou simplesmente se preocupa com a disseminação usual da gripe sazonal, há uma maneira simples e fácil de reduzir o risco de contrair doenças transmissíveis: lavar as mãos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, EUA) consideram a lavagem das mãos “um dos passos mais importantes que podemos tomar para evitar adoecer e espalhar germes” e afirmam que a higiene básica pode reduzir a transmissão tanto das infecções respiratórias superiores — constipação ou gripe — como de doenças diarreicas — por exemplo o norovírus.

Lágrimas brancas

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Artigo do Atlanta Black Star . ( Lágrimas brancas é um conceito trocista entre os ativistas anti-racistas. Refere-se à extrema sensibilidade de muitos brancos, perante qualquer crítica ao seu racismo ou ao seu privilégio.) Um académico britânico negro pôs os cabelos em pé a alguns quando considerou a brancura "uma psicose" e responsabilizou a Grã-Bretanha por ter que levar a sério a sua história opressiva.

Do lado dos que lutam pela liberdade

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No Reino Unido, por estranho que pareça, funcionam tribunais islâmicos da Xaria. O seu objetivo não é decidir questões criminais ou do direito geral do país, mas aplicar o costume e a tradição nas vastas comunidades islâmicas inglesas. Coisas como heranças e afins. Mas a Xaria foi concebida como a lei para todos e os seus tribunais têm tendência a invadir e atacar direitos de mulheres, de LGBT+, de outras persuasões religiosas, e o próprio estado secular.

Joacine e o racismo

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Aconteceu recentemente no nosso país que foi eleita uma deputada sob a bandeira do anti-racismo. Ainda por cima, mulher e gaga. Ainda por cima, ergue com audácia bandeiras que fizeram estremecer os baluartes tanto do racismo como do machismo, como ainda do capacitismo 1 . Desde o princípio, a sua posição não foi passar entre os pingos da chuva ou não fazer ondas. Não sei se por temperamento pessoal ou estratégia política, a posição de Joacine foi mostrar-se em desafio, para que toda a canzoada ladrasse ferozmente. E a canzoada, previsivelmente, não falhou. Não serei eu o juiz do seu estilo de comunicação nem vou armar-me em estratego político e dizer que deveria ter feito assim ou assado, em vez do que fez. Nem sequer votei nela, por isso o seu cargo não me leva a escrutinar se está ou não a cumprir o mandato que lhe dei. Nem levo, com franqueza, o nosso Parlamento assim tão a sério. É uma personalidade colorida, possivelmente sem o calo político que lhe permitiria não dizer imediata...

Auschwitz: o reset

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Num blogue chamado Skeptics Vocabulary , onde cheguei à procura do termo dissonância cognitiva , que, embora use frequentemente, é raro lembrar-me como se chama, encontrei um artigo sobre um assunto totalmente diferente, mas fascinante. O autor, indiano (a página assume-se como parte do movimento céptico da Índia), depois de uma visita a Auschwitz, tece algumas considerações interessantes sobre a forma como tal excesso da barbárie forçou uma reavaliação das ideias da consciência mundial com respeito aos direitos humanos. Diz ele que, mais do que o Renascimento, um tal reset se deveu ao horror dos campos de extremínio nazis. É capaz de ter razão. Como indiano, não pode também fugir a comparar a atrocidade nazi às atrocidades coloniais. O autor descreve, em primeiro lugar, a visita:

Angola, 1975 a 1980: O Jogo de Póker das Grandes Potências

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William Blum A informação a que temos acesso é formatada pela assimetria das fontes, bem como pelos nossos próprios preconceitos. Por isso é importante, para conhecer uma realidade, ter acesso a outras fontes, outras narrativas. Nenhuma informação pode ser engolida sem crítica. A ideia que os portugueses têm da Guerra Colonial em Angola e da Guerra Civil que se seguiu é fortemente influenciada por grandes mitos: do ponto de vista dos saudosos do colonialismo, a traição dos dirigentes portugueses; do ponto de vista da esquerda, a santificação dos movimentos de libertação — ou a santificação de uns e a demonização de outros. Mais subtil ainda é a deformação nacionalista, em que preferimos insconscientemente as narrativas em que a nação (ou a parte da nação que mais amamos) fica melhor na fotografia.

Primaveras (quase) ignoradas

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Artigo muito curioso de Juan Cole, em Informed Comment , em que chama a atenção para as revoltas populares que abalaram os regimes de vários países do Médio Oriente, sem suscitar atenção correspondente à sua importância.