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A mostrar mensagens de maio, 2009

Teologia portátil

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O encontro de ídolos católicos no Tejo de 16 e 17 de Maio, com todo o cortejo de cenas desprestigiantes para a imagem do nosso país que se seguiu, irritou-me. Por causa disso, decidi comemorar o deslustroso evento à minha maneira e fui buscar um dos primeiros anticlericais, que viveu ainda no tempo do Ancien Régime francês e teve de assinar sob nomes falsos e publicar no estrangeiro para proteger o seu pescoço. Trata-se do barão de Holbach (1723-1789), Paul-Henri Thiri de seu nome. Encontrei um livro delicioso que se apresenta como "Teologia Portátil, ou Dicionário Abreviado da Religião Cristã" que finge ser um livro católico, editado por um pretenso Abade Bernier, "Licenciado em Teologia" , mas é tudo menos isso. O barão de Holbach, retrato de Alexander Roslin. Fonte: Wikipedia Frontespício da "Teologia Portátil" do barão d'Holbach. Fonte: Google Books Convém notar que o texto se refere a um tempo em que não existiam as liberdades de qu

Os ídolos e a Constituição

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Este fim-de-semana as forças do passado invadem Lisboa e Almada. A imagem da alucinação colectiva ou vigarice de Fátima (ou sábia mistura das duas, cuidadosamente alimentada pelo Vaticano) que desde 1917 persiste até ao século XXI, vem a Lisboa e a Almada saudar o meio século do mamarracho monumental que homenageia o Cristo autoritário e cúmplice das ditaduras, que perturba e inquina o skyline de Lisboa e Almada. Um encontro de ídolos. Constituição da República Portuguesa Artigo 41.º (Liberdade de consciência, de religião e de culto) 4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto. Artigo 275.º Forças Armadas 3. As Forças Armadas obedecem aos órgãos de soberania competentes, nos termos da Constituição e da lei. 4. As Forças Armadas estão ao serviço do povo português, são rigorosamente apartidárias e os seus elementos não podem aproveitar-se da sua arma, do seu posto

Cabeças de borrego

No alpendre da oficina de um amigo, pude provar enfim uma famosa iguaria alentejana, cabeças de borrego no forno. Comidas à mão e ao ar livre, em boa companhia. Bravo, sr. José Bentes!

All time favourites

Eis as minhas canções favoritas de sempre. Não digo que sejam as melhores, mas são as que, por uma razão ou por outra, me passam na cabeça mais vezes e fazem assim parte da banda sonora do filme que eu vivo. Don't think twice, it's all right Bob Dylan, "The Freewheeling Bob Dylan" , 1963, (a minha canção de separação) Venham mais cinco Zeca Afonso, 1973, "Venham mais cinco" , (a minha canção de separação política) Ária da Rainha da Noite W.A. Mozart, 1791, "A Flauta Mágica (Die Zauberflöte)" Cena do filme "Amadeus" com June Anderson "A Truta" "Die Forelle" , Lied/canção Op.32 (D.550) Schubert, 1817 (Interpretação de Ian Bostridge) Interpretação de Elizabeth Schwartzkopf Too much love will kill you Brian May/Queen, "Made in Heaven" , 1996 Romeo and Juliet Mark Knopfler/Dire Straits, "Making Movies" , 1980 Cover por The Killers (2007) Don't think twice it's all