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A mostrar mensagens de junho, 2011

A última valsa

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No Vitória Clube das Quintinhas, o baile se São João é um sucesso relativo. Para um clube que tenta recuperar a dinâmica, o facto de terem comparecido sócios em número apreciável é bom. O grande recinto não estava cheio, mas os corpos gerentes dão-se por satisfeitos. É um passo na direção certa. Depois das sardinhas que estavam gordas e das febras saborosas, alguns pares evoluem no terreiro, ao som da música pimba de Euclides e Durão , um duo veterano nestas andanças, com órgão dotado de batida sintética e vocalista. Abriram com “Marina, Marina, Marina”, imaginem. Foi um sucesso nos anos 60, era eu garoto, lembro-me perfeitamente. No todo, uma noite feliz.

Radiator Springs

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O neto, de seis anos, representa o Faísca na wii e desloca-se velozmente pela paisagem distópica de Radiator Springs , colecionando bónus ao passar por umas bandeirolas penduradas em sítios inesperados. Entretanto a sua condução é pelo menos estranha, para alguém que já tenha experimentado conduzir no mundo analógico. Colide com obstáculos sem problemas, choca com outros automóveis de propósito, atravessa o mato sem qualquer consciência ambiental. A avó, de 80 anos, chama-lhe a atenção. Acha errado colidir de propósito com os outros veículos. “Avó, tu não sabes do que estás a falar! Eu bato nos carros porque quero. Olha, eu não perco pontos por isso! Vês a minha pontuação?” Ao contrário da avó, o neto sabe que o mundo digital não tem nada a ver com o mundo analógico, nem sequer é uma representação dele. Outras regras se aplicam. E o contrário, também saberá? Quando um dia conduzir, saberá que está num mundo diferente, com regras inteiramente novas?

‘Sopa’ de beldroegas

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A tertúlia gastronómica reuniu-se para degustar uma ‘sopa’ de beldroegas. Estas estão no tempo certo, dizem os apreciadores. Por sopa deve entender-se uma açorda à alentejana, com grandes bocados de pão, as ervas e temperos do costume e ovos escalfados. O ‘conduto’ foi assegurados por umas belas postas fritas de achigã pescado por um dos convivas. Acompanhou um vinho tinto do Poceirão e houve sessão de anedotas no fim.

Correntes de ar

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Toda a gente sabe que as constipações e gripes se devem a infeções, que são quase sempre virais (quase sempre no caso das constipações, sempre no caso das gripes), não é verdade? Não. A maioria as pessoas não sabe ou, mesmo que saiba, ignora o que sabe quando se trata de pensar nessas doenças. As recomendações que a minha mãe (hoje com 95 anos) e as pessoas do seu tempo me faziam quando eu era garoto ainda são feitas hoje: Agasalha-te, olha que te constipas! Cuidado com as correntes de ar! Andas para aí todo suado, ainda apanhas uma gripe! Na verdade isto tornou-se evidente para mim outro dia, quando um dos meus colegas de trabalho, uma daquelas pessoas sempre obcecadas com doenças, se mostrou receoso do efeito das correntes de ar na sua saúde.