Primeiro veio o furacão, depois o terror
Sonia Shah – 22 de setembro de 2020 Tradução de um artigo publicado em Pulitzer Center A ilha de Abaco , vista de cima, parece um banco de areia submerso, quase nada terrestre. É uma das ilhas mais ao norte do arquipélago das Bahamas, no topo de uma ampla plataforma de calcário só poucas dezenas de metros abaixo do nível do mar. Do espaço, as suas areias puras e brancas e águas fluorescentes brilham como um colar de esmeraldas, visualmente notáveis contra os tons de castanho e verde do resto do planeta. Vistas da janela oval do meu voo, cortando um céu sem nuvens, as águas brilhavam em tons deslumbrantes de lápis-lazúli. No terreno, a cena mais parece um filme de Mad Max . Quando cheguei, este ano, vários meses se haviam passado desde o furacão Dorian, a tempestade monstruosa de categoria 5 que atingiu o norte das Bahamas em setembro de 2019. A estrada que saía do pequeno aeroporto da ilha estava limpa, mas ladeada de montes de entulho, pontuados por caules de aparência estranha, re...