A nova esquerda radical
Por Fabien Escalona, doutor em ciência política (Universidade Grenoble-Alpes), colaborador científico da Cevipol (Université Libre de Bruxelles). Libération, 30 de agosto de 2017 Há uma semelhança de família entre Syriza, Podemos e a France Insoumise [e o Bloco de Esquerda, nota do tradutor]. Uma força que se cristaliza perante uma classe política em desacordo com o consentimento da população. A France Insoumise em França, o Podemos na Espanha, o Syriza na Grécia, várias formações vermelho-verdes noutras partes da Europa... O quadro ainda é impressionista, mas não já podemos dizer que é incoerente. Essas forças, surgidas em poucos anos, apresentam uma “semelhança de família”. Para entender isto, é necessário recorrer a uma análise “histórico-conflituosa” destes partidos, considerá-las como agentes mobilizadores e mediadores de grupos sociais cujos interesses e valores defendem, dentro dos nossos regimes representativos.